Um trovão relampejou a poucos quilômetros de distância
e Spencer pôde ver a claridade pela janela. O tempo estava fechado e ela sabia
que as previsões de chuva datavam que essa demoraria dias seguidos. Spencer
ignorou o tempo, e voltou a se concentrar nos estudos.
De modo que estava ela no segundo piso do velho
celeiro reformado da família, com todas as luzes apagadas devido à queda de
energia que extinguiu quase toda a claridade do subúrbio de Rosewood, apenas
com uma boa vela iluminando as páginas dos livros. Spencer sabia que a escolha
dela de estudar no celeiro foi uma escolha insana, porém dias insanos requerem
escolhas insanas. Spence não agüentava mais o clima que estava baixando na sua
casa; seu pai estressado com os DiLaurentis, sua mãe andando para lá e para cá
com sua profissionalidade falando mais alto e ela e sua irmã mais velha, Melissa,
andavam discutindo bastante. De uma
coisa era certa: o que os Hastings tinham de ricos e poderosos eles tinham de
complicados.
Outro trovão caiu perto do celeiro, fazendo desviar
a atenção de Spence novamente. Apesar da escolha de ir para o celeiro em plena
tempestade noturna ter sido uma saída de escape para os problemas da família,
Spencer viu que agora já não era muito possível continuar com essa loucura. Ela
fechou os livros de biologia, apagou a luz da vela e jogou a cabeça para trás,
massageando a testa e afastando os fios rebeldes de seus longos cabelos
castanhos.
Spence levantou da cadeira com os livros na mão, no
escuro em uma noite sem lua e estrelas, acompanhada pelos sons dos trovões e
caminhou até a precária escada. Ela escutou um ruído de madeira; porém isso
chamou sua atenção. O ruído que ela ouviu não foi provocado por nenhum passo
que ela deu. Spencer ficou com um pouco de medo, e ficou quieta, com a
respiração abafada. Outro ruído.
E então estava claro.
O ruído vinha da porta do celeiro que estava se
abrindo. Os sons de fora ficaram mais claros com a porta aberta, e ela ouviu
risinhos que entravam no celeiro. Eram Melissa e Ian Thomas, o namorado dela. Spencer
ficou subitamente irada por Melissa e Ian terem ido àquele lugar naquela hora.
Ela se abaixou e ficou parada, com medo que sua irmã e o namorado dela a vissem.
Se Melissa a visse naquele momento, em que os dois estavam excitados, ela
provavelmente travaria outra briga com Spencer. E isso era a última coisa que
Spence queria.
Uma náusea envolveu Spencer só de ver os dois se
agarrando e se beijando enquanto procurava um canto no celeiro para ficarem “a
sós”. Mesmo assim, ela continuou observado-os. Ian estava sem camisa, apenas
com uma calça jeans pendendo de seu corpo e a seu tronco musculoso estava
visivelmente molhado. Apesar de várias garotas da idade dela se sentirem
privilegiadas com aquela visão, principalmente Ali que tinha uma queda secreta
por Ian, tudo o que Spence sentiu foi nojo.
Os dois se acomodaram no centro do celeiro, em que
havia dois sofás e um tapete que Spencer
havia colocado ali para as noites com as amigas (Alison, Hanna, Emily e Aria).
Spence teve vontade de descer violentamente as escadas e brigar com os dois por
estarem ali, no lugar dela. Contudo,
ela deixou a vontade de lado, pois causaria problemas.
Análise das
conseqüências, recitou ela para
si mesma.
Melissa tirou a blusa e o short e ficou apenas de
lingerie, revelando as maravilhosas curvas morenas e os seios atraentes. Ian
mordeu o lábio de excitação, e desbloqueou o cinto. Em seguida, sua língua
começou a passear pelo corpo dela. Ele arrebentou o sutiã apertado e apertou as
nádegas e as coxas contra seu corpo. A respiração dos dois estava abafada. E
então... começou.
Spencer virou a cara, com vontade de vomitar. Ela
sentiu vergonha por estar ali e desejou que um raio caísse naquele celeiro,
matando os três de uma só vez. De qualquer maneira, ela não queria estar ali.
Seria melhor sair de lá a passos silenciosos, no momento em que eles estariam
em atividade sexual, do que ter de ficar presa com eles a noite inteira.
Spencer levantou lentamente, porém ficou um pouco
encurvada para que não a vissem, e desceu as escadas; cada degrau mais
cuidadoso que o outro. Quando finalmente chegou ao térreo, Spence deu uma
última vislumbrada para Ian e Melissa. Ele estava sobre ela; os dois balançando
a um só ritmo com murmúrios baixos. Porém, Spencer não sabia como, ela estava
exposta e algo no plano de não ser vista falhou. Ian virou o rosto para onde
ela estava, com aqueles olhos felinos; olhos que a viram. Spencer sentiu um
sentimento de pânico, porém Ian nada fez, apenas continuou a balançar sobre a
irmã. Um sorriso maroto postou-se no seu rosto e os murmúrios de Melissa
tornaram-se mais audíveis. Spencer percebeu que estavam no momento de orgasmo e
o rosto de Ian, agora contorcido pela sensação de prazer, ainda olhava para
ela.
Dessa vez, ela agiu por impulso; virou para trás e
correu para fora do celeiro, tentando fugir daquilo.
Mais tarde, em seu verdadeiro quarto, Spencer se
sentiu aliviada, mas o olhar de prazer de Ian ainda estava fixo em sua mente.
Ela se perguntou se o prazer que Ian sentia era de estar fazendo sexo com sua
irmã ou se era por estar olhando ela. Spencer tentou afastar os pensamentos
conturbados de sua mente, porém não conseguia. Ela se preparou para dormir,
porém passou a noite toda rolando de um lado para outro na cama, com a sena
ainda na sua cabeça junto com os pensamentos perturbados.
Naquela noite, ela sonhou com a cena que vira.
Porém, não era Melissa que estava sob Ian; era ela. Spencer acordou com o despertador ressoando ao quarto, com o
sonho fixo na sua mente. Ela balançou a cabeça e deu tapas na sua face, afim de
esquecer aquilo.
Spence levantou-se da cama, organizou os livros
para levar à aula, e se arrumou. Ela deu uma repentina olhada pela janela. O
tempo estava nublado, porém de uma forma que enchia o dia pálido de encantos,
com as cores das árvores fortes e a vegetação fértil. A graça do inverno em Rosewood, pensou ela. Dali a uns dias, já
será a neve.
Spencer parou na porta da cozinha, e hesitou ao ver
que Ian e Melissa estavam lá, no desjejum juntos com sua mãe, Veronica
Hastings. Ian foi o primeiro a vê-lo, e Spence sentiu-se corar com o peso do
olhar felino dele. Verônica foi a segunda:
– Spencer! – disse ela em tom amigável,
levantando-se e beijando a filha. – Pensei que não fosse vir mais.
– Cadê o papai? – perguntou Spence, sem se
preocupar em cumprimentar Ian ou Melissa. Tinha nojo deles.
– Seu pai teve que sair mais cedo hoje. Quem vai
levar você à escola hoje será o Ian.
O peso daquela palavra foi como um soco no estômago
de Spence.
– NÃO! – Só depois de ter gritado que ela percebeu
o que fez. Ian e Melissa viraram em direção a Spencer. Veronica ficou séria.
– Algum problema, Spence? – perguntou Melissa. Sua
mãe cruzou os braços, como se também esperasse uma resposta. Ian soltou um riso
cínico.
– Não, é só que... eu já tinha combinado que ia com
a Alison, então... não precisa do Ian. Agradeço.
Spencer notou que os três devem ter percebido o
nervosismo na voz dela, afinal estavam com uma expressão atípica. Ela quis mais
do que nunca sair daquele ninho de cobras.
– Então é melhor você se apressar! Os DiLaurentis
são pontuais. – Disse Melissa.
Spence simplesmente virou e correu em direção à
porta, com os livros na mão. Assim que ela saiu de casa, ligou para Alison.
– Alison! – disse Spencer apressadamente, assim que
Ali atendeu. – Eu preciso ir com você
hoje à aula. Estou indo para sua casa, okay?
– Spencer
Hastings me pedindo carona?! – Alison parecia espantada. – Não posso
desperdiçar essa oportunidade.
– Ali, não brinca! – Spencer já estava farta das
brincadeiras estúpidas de Ali fora de hora. – É sério.
– Okay então, miss
perfect. Te espero aqui.
As casas das duas ficavam uma ao lado da outra; com
apenas uma cerca as dividindo. Assim que a senhora DiLaurentis, bastante
gentil, abriu a porta para Spencer, ela encontrou Alison no quarto.
– Alison, cheguei.
– Calminha. – disse Ali no banheiro. – Só estou
passando a maquiagem, afinal tenho que estar linda todos os dias.
Spencer revirou os olhos, sentando-se na cama de
Ali e arrumando os materiais bagunçados da amiga. Nem isso ela faz direito, pensou Spencer.
Alison saiu do banheiro impecável. Os cílios
estavam bem pintados, os lábios bastante chamativos e o cabelo loiro
perfeitamente penteado, além das bochechas levemente rosadas.
Spence sorriu. Apesar de às vezes achá-la fútil,
amava-a como uma irmã, e achava-a tão linda quanto uma flor. As duas se
abraçaram e o momento compaixão
passou. Spencer já estava com a lista de broncas a dar:
– Alison, se eu não arrumo sua mochila, você vai
com ela faltando materiais?
– Ninguém é tão miss
perfect quanto você não, Spence... as pessoas falham.
– Mas não tanto quanto você.
– Se for para começar com lições de moral, era
melhor nem está aqui, né? – Dessa vez, Alison que assumiu a posição de ataque.
Spencer se sentiu mal.
– Desculpe, Ali, eu só... estou com alguns
problemas.
– Com a Melissa?
Spencer hesitou.
– Sim, com a Melissa, e com... o Ian.
Alison arregalou os olhos e abriu a boca.
– O QUE FOI?
Spencer respirou fundo para poder falar.
– Eu vi os dois transando.
Alison arregalou ainda mais os olhos e sua boca
ficou num formato de O.
– Não acredito!
– E ele me viu – continuou Spencer. – E agora, toda
vez que nos olhamos, me sinto... não sei, estranha... acho que...
– Não termine! – Disse Ali, segurando as mãos de
Spence. – Você sabe que depois de Melissa, o Ian é meu.
Um clima estranho pairou sobre as duas, e a melhor
maneira de aquilo sair bem era Spencer dar um fim naquele assunto. Não gostava
de falar no Ian.
– Acho que está na hora de irmos.
– Você ainda nem me falou porque está indo comigo.
– Porque senão eu ia com o Ian.
– Ah tá.
Quando a Sra. DiLaurentis deixou as duas na escola,
Emily e Hanna estavam no gramado conversando, porém Spence percebeu que Hanna
estava com a cabeça baixa, e quem falava era somente Emily, como se estivesse confortando
Hanna.
Alison apresou rapidamente. Enquanto ela caminhava
pelo gramado da escola, todos que estavam à sua frente se afastavam. Porém uma
pessoa permaneceu no caminho de Ali: Mona Vanderwall, com aqueles óculos
enormes, que ficava sorrindo como uma boba para Alison. Alison só faltou passar
por cima de Mona, fingindo que ela não estava ali. Spence olhou tudo com
indiferença. Não apoiava o comportamento de Alison, porém achava uma estupidez
da parte de Mona querer ser popular como elas.
Spencer também ignorou Mona e foi direto nas
meninas, cumprimentando-as.
– Quem morreu? – perguntou Alison. Emily lhe lançou
um olhar de repreensão.
– Os pais dela brigaram de novo. – respondeu Em.
Spencer sentiu pena por Hanna e a abraçou, enquanto
Alison apenas revirou os olhos.
– Hanna, querida... eu pensei que você já estivesse
acostumada.
– Alison! – rosou Spence.
– Cala a boca Spencer! – disse Alison. As duas
ficaram se fulminando com os olhares. – Hanna... – Ali voltou a dizer. – Você
não deve sofrer por uma briga que nem é sua.
Eles brigam, porém sempre se resolvem. Agora, sorria. Estou mandando.
Hanna forçou um sorriso e enxugou o rosto
encharcado.
– Assim que eu gosto. Não quero ninguém com essas
caras, afinal hoje é a festa na casa de Noel Kahn e todas vocês vão. Outra ordem.
– Odeio festas de comemorações esportivas. – disse
Spencer. – Um bando de animais gritando e pulando em cima das garotas...
– Como se você não quisesse um em cima de você! – a
voz de Alison foi ríspida, e ela lançou um olhar ameaçador para Spence. Spencer
recuou, perguntando-se porquê confiava tanto naquela amiga que mais parecia um
monstro.
– Falando nisso, onde está Aria?
No mesmo momento em que Alison perguntou, Spence
viu Aria descer do carro com o irmão e a mãe, que trabalha na escola, ao lado.
Mike foi para os amigos esportistas dele, Ella Montgomery seguiu reto para o
prédio, enquanto Aria ficou olhando para os lados como se estivesse perdida.
– Bem ali! – apontou Spencer, indicando Aria.
Alison virou para trás e acenou. Aria sorriu e se
aproximou do grupo.
– Gente, eu estou tão feliz! Eu nem acredito que a
gente vai à festa do Noel. Vocês o viram hoje?
– Fale baixo, por favor, antes que o Noel escute e
vê o quão criança você é. – disse Alison.
Aria ficou séria.
– O Sean vai? – perguntou Hanna, com um único fio
de esperança no olhar.
Alison suspirou para poder responder:
– Hanna... eles são de times adversários. E o Sean
é um pastorzinho que gosta só de ovelhas magras...
Hanna ficou mais triste, e uma súbita raiva tomou conta
de Spencer. Spencer se preparou para avançar sobre Alison, porém uma mão a
deteu. Ela olhou para o lado. Era Emily.
– Não vale a pena. – sussurrou Emily, e Spencer
acalmou-se um pouco.
Todos os alunos começaram a entrar na escola, e
Alison guiou as meninas. No corredor do prédio, enquanto Alison, Aria e Hanna
procuravam Noel e Sean, Spencer e Emily abriram seus armários, que ficavam um ao
lado do outro.
– Emily, não agüento mais a Alison – disse Spence.
– Eu sei como é... mas você sabe como é a Ali. Você
tem que ser calma.
– Calma?! Como? Ela quase acabou com a Aria e com a
Hanna, sendo que é ela quem faz as
meninas se apaixonarem.
– Eu sei, Spencer, mas se revblar contra a Ali pode
ser ruim para todas nós. Tente ser
condescendente.
– Já não basta a minha irmã! Não sou obrigada a
ouvir desaforo de patricinhas.
Emily ficou séria, e segurou a mão de Spencer.
– Mas nós somos as patricinhas dela! Por favor Spence, entenda isso.
Spencer tensa diante daquilo. Alison, Hanna e Aria
já se aproximavam delas. Emily fechou o armário, e voltou-se para Ali.
– A que horas será a festa do Noel?
– Às dez! – respondeu Alison, excitada. – A gente
vai se encontrar às oito na sua casa, Emily, porque é a que fica mais perto da
do Noel. E então... – seu olhar e sua voz tornaram-se maliciosos. – Nós
arrasaremos. Já está tudo certo. Vocês não irão se arrepender.
– É o que eu espero. – disse Spence.
Alison lançou um olhar fulminante para Spencer.
Spencer a encarou da mesma maneira.
– Spence, você não é obrigada a ir. É a única que
está arrumando complicações. Desse jeito eu não vou te dar mais caronas.
Dessa vez foi demais. Spencer avançou sobre Alison,
porém tanto Aria quanto Emily a seguraram. Alison permaneceu passiva, sem mover
um passo, como que esperando o ataque de Spencer. Hanna se pôs entre as duas.
– Gente, por favor. Não briguem!
Análise das
conseqüências, pensou Spence.
– Podem me soltar. – Disse ela a Aria e a Emily.
– Tem certeza? – Pergunta Aria.
– Sim.
As pessoas
do corredor começaram a observar. Aria virou-se para Spencer.
– Tá todo mundo percebendo Spence. Pelo amor de
Deus, Spence, não nos decepcione.
Spencer refletiu um pouco sobre o que quase aconteceu. Alison começou a bater
palmas e dizer em uma voz sarcástica:
– Parabéns Spencer! Quando é que você vai aprender
que quem manda nisso aqui sou eu? Quando
é que vai entender que se não fosse por mim, você continuaria sendo a santinha nerd?
Alison aproximou seu rosto no de Spencer, e as duas
ficaram cara-a-cara.
– Você é nojenta.
– disse Spence.
– E você é minha amiga. – respondeu Ali. – Pensei que tivesse se acostumado.
– Pois saiba que eu não vou à essa maldita festa
promíscua.
– É uma pena, Spence... por que o Ian vai.
Spencer deu uma bofetada no rosto de Ali. Alison
ficou vermelha pelo tapa e pela raiva.
– VAI SE ARREPENDER POR ISSO!
– Já me arrependi. – disse Spencer, pegando suas
coisas e se afastando do grupo. – Me arrependi de ser sua amiga.
Spencer foi embora, deixando Alison vermelha e as
outras duas com os olhos arregalados. As pessoas observavam, algumas riam e
cochichavam. Spencer entrou na aula de biologia escutando as broncas de Ali: Parem de rir! Quem pensam que são? Tá
olhando o que, Hermie? É por essas e outras que Spencer perdera a cabeça
com sua líder.
Spencer sentou sozinha em uma mesa de duplas, e
começou a massagear sua cabeça, refletindo sobre o que fizera. De modo algum
ela analisara as conseqüências. E, como Alison previra, ela se arrependeu.
Spencer bateu a cabeça na mesa, com raiva de ter brigado com a melhor amiga.
Ela fechou os olhos e tentou pensar em como ela pediria desculpas. Será se Ali
aceitaria?
– Olá Spencer! Posso sentar aqui?
Spencer olhou para cima e teve vontade de bater a
cabeça de novo. Era Mona Vanderwall, os olhos brilhando e o seu horroroso
sorriso arreganhando.
– Ah... – começou Spencer. – Eu gostaria de ficar
sozinha.
– Tudo bem. – disse Mona, sentando ao lado dela do
mesmo jeito. – Eu não me importo. Não irei te incomodar.
Spencer revirou os olhos. Seu dia realmente não
havia começando de um modo bom.
– Então... – Mona começou a falar com aquela voz
irritante dela, sem parar. – Eu vi você e a Alison brigando... aí eu pensei:
como assim? Poxa, vocês são tão amigas, como isso é possível? O que foi que
aconteceu? Eu sei que você precisa de uma amiga para poder desabafar, espero
que eu seja essa pessoa, seremos uma ótima duplas. Você estuda muito, eu sei,
eu também estudo, por isso estaremos ajudando uma a outra... não importa o que
foi, tenho certeza que a Alison vai de perdoar, ela no fundo é uma boa pessoa,
assim como você, a Aria...
– CHEGA! – Disse Spencer em um tom relativamente
alto. – Mona, será que você não emtemde? EU. NÃO. SOU. SUA. AMIGA. Nem a
Alison, nem a Aria, nem qualquer uma delas
Mona ficou com uma expressão ao mesmo tempo
assustada e triste.
– Espero que você não chore, porque você não está
perdendo nada. Não sabe da sorte que tem em não ter amigos.
Spencer se sentiu como Alison. Ela achou qualquer
cadeira sobrando, e saiu, deixando Mona sozinha.
Quando ela sentou na cadeira vazia que havia visto,
ela viu quem estava ao seu lado: Toby Cavanaugh, o esquisito da cidade que
gosta de observar Alison.
Toby espreitou pelos seus olhos verdes claros, e
perguntou:
– Porque está aqui? Nós nem nos conhecemos
direito...
– Acho que não. – Disse Spence. – Mas aposto você
deve preferir a mim do que Mona.
Toby olhou para Mona de relance e riu.
– Toby Cavanaugh – Tony estendeu a mão para ela.
– Spencer Hastings – ela apertou a mãe dele.
Pelo menos, pensou ela, qualquer companhia seria
melhor que Alison ou Mona.